A nostalgia dos anos 80 no Brasil remete a um período de efervescência cultural e política, marcado pela transição da ditadura militar para a redemocratização. Foi uma década vibrante, que deixou saudades em várias áreas:
Música: Houve uma explosão do rock nacional, com bandas icônicas como Legião Urbana, Titãs, Paralamas do Sucesso, Blitz e Barão Vermelho, cujas músicas se tornaram a "cara do Brasil". A MPB e o sertanejo (com Chitãozinho e Xororó, por exemplo) também fizeram sucesso.
Televisão: Programas de auditório como os do Chacrinha, Gugu Liberato e Silvio Santos eram extremamente populares. A estreia do "Show da Xuxa" marcou o início de um fenômeno infantil, e programas educativos como "Rá Tim Bum" também tiveram grande importância.
Moda: A estética era ousada e colorida, com destaque para as ombreiras exageradas, jeans de cós alto, jaquetas manchadas, peças de lycra coloridas e estampas vibrantes, muitas vezes em tons neon. A moda fitness com collants também era uma tendência.
Cinema: O cinema brasileiro produziu obras aclamadas, como "Pixote, a Lei do Mais Fraco" (1980) e "Memórias do Cárcere" (1984), que retrataram realidades sociais e políticas do país. Filmes estrangeiros como "E.T.", "O Exterminador do Futuro" e "Top Gun" eram febre.
Brinquedos e Jogos: Itens como o cubo mágico, fliperamas, Ferrorama, Cai Não Cai e bonecas Moranguinho e Meu Bebê eram a diversão da criançada. As brincadeiras de rua também eram muito comuns.
Cotidiano: A ausência de internet tornava as revistas (como Capricho e Nova) e a televisão as principais fontes de informação e entretenimento. O mimeógrafo, com seu cheiro característico de álcool, era comum nas escolas para a impressão de provas.
Por Edson Charles
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